sexta-feira, 7 de setembro de 2012

E queimem as bruxas.

Pra ela funcionava assim: bastava um minuto e pronto. Ela aparecia. Vinha repentinamente, e arrasava tudo que pudesse lhe bloquear. O corpo, que antes fazia só apreciar o outro; A mente que a poucos instantes era repleta de afeição e carinho, vontade de cuidar do outro, fazer um cafuné enquanto toma seu café que acabou de passar, já fora dominada por esse sentimento que deveria era ser banido.

Pensa só: saudade é uma coisa boa?

Uns vão dizer que faz bem. Demonstra que a pessoa é querida, e devia não te largar, mas sim ficar no seu pé o dia todo. Mesmo que fosse pra um dia chato. Até por que, se a pessoa for realmente importante, não existiram dias chatos. Monótonos? Talvez. Não se pode viver de adrenalina todo santo dia! 

Outros, vão condená-la a forca. Envenenamento. Prisão perpétua. Esses, são os pobrezinhos que sofrem mais. Deviam estar praticamente acostumados com a presença da visitante que não se deseja. Contudo, fazem dela seu espetáculo noturno, que se inicia segundos após a cabeça encontrar o travesseiro, e a mente maléfica abra os portões para os sentimentos sanguessugas. Aqueles, que como a saudade, entram sem avisar. O diferencial da intrusa malvada, é que esse, meus queridos, pode ter data de expiração de tempos em tempos, até que o próximo encontro chegue.

E por favor, se alguém ouvir meus lamentos, que não faça nada a não ser queimar essa bruxa no fogo.





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